
Até biólogos acostumados a estudar espécies com aparências incomuns se surpreenderam ao se deparar, na região de Alto Mayo, onde a Amazônia peruana encontra as montanhas dos Andes, com este peixe acima, com uma enorme cabeça, parecendo uma gigantesca bolha. O que se sabe, até agora, é que essa espécie de bagre, pertence ao gênero Chaetostoma, encontrado na América do Sul. Mas este, em particular, nunca tinha sido observado antes e é considerado novo para a ciência.
O peixe com cabeça de bolha foi uma das muitas 27 novas espécies descobertas por pesquisadores que realizaram uma expedição no noroeste do Peru. O que deixou a equipe ainda mais irada é que Alto Mayo não é uma área de florestas pristinas, mas densamente povoada, afetada por desmatamento e atividades agrícolas. Todavia, mesmo com todas essas interferências humanas, sua biodiversidade e resiliência são mesmo impressionantes.
Ao longo de pouco mais de um mês, os pesquisadores do Programa de Avaliação Rápida da organização Conservation International identificaram mais de 2 mil espécies de animais e plantas. Dentre elas, 49 estão ameaçadas de extinção, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). É o caso de um raríssimo sapo-arlequim (Atelopus seminiferus).
“Eu quase não conseguia acreditar. Este sapo não só está em perigo, mas esta espécie nunca foi encontrada tão baixo na encosta da montanha. Foi nossa primeira descoberta importante – e foi um prenúncio de mais por vir”, conta Trond Larsen, biólogo da Conservation International.
Entre as inúmeras plantas achadas pelos pesquisadores em Alto Mayo estão três potencialmente ainda não descritas pela ciência. A maior abundância foi observada no território dos povos indígenas Awajún.

Foto: Trond Larsen
Na região, que já é famosa por observadores de aves, a expedição contabilizou nada menos do 536 espécies delas, nove delas endêmicas, ou seja, só existem ali e em nenhum outro lugar do mundo.

Foto: Conservation International / Marlon Dag
E além do bagre cabeçudo – a função desta estrutura incomum ainda permanece um mistério -, outras sete novas espécies de peixes foram registradas na bacia de Alto Mayo.
A organização revela que todas essas descobertas e informações coletadas estão sendo compartilhadas com o governo regional, comunidades indígenas e outras entidades locais para identificar áreas prioritárias para conservação e um plano de gestão que proteja as espécies mais vulneráveis de Alto Mayo, e que também melhore os meios de subsistência das pessoas que vivem lá.

entre os mais raros do mundo
Foto: Conservation International / Ronald Diaz

Foto: Conservation International / Trond Larsen
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Foto de abertura: Conservation International / Robinson Olivera
Bizarro é um site cujo nome seja “conexão planeta” chamar uma nova espécie de “bizarro”.
Qual é o intuito do site, promover a conservação, ou conservar o homem como o centro de tudo?
Caro Douglas,
Se você consultar o dicionário Michaelis, entre os vários significados da palavra “bizarro” estão: que não é igual à maioria; atípico, esquisito, estranho ou ainda, digno de iração; irável, esplêndido, magnífico.
Dadas essas definições, fica claro porque escolhi o termo, já que os próprios pesquisadores de campo, biólogos, que encontraram a nova espécie de peixe se surpreenderam com sua aparência atípica.
Abraço,
Suzana
Assim, sem mais nem menos, pegar o homem e botar no centro de tudo apenas com uma palavra! Siminino, que coisa fantástica! E nem leva em conta o tempo em que o tal de Conexão Planeta, entre aspas e minúsculo, está no ar fazendo juz ao nome? Mas tu és mesmo um gênio. Não perca tempo com minúcias, vá direto ao ponto.
Esse peixe cabeça de bolha ,o verdeiro nome dele é ACARI BOLHA.