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Mais de 20 aves são sacrificadas no Espírito Santo após confirmação de primeiros casos de gripe aviária no Brasil

Mais de 20 aves são sacrificadas no Espírito Santos após confirmação de primeiros casos de gripe aviária no Brasil

A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo confirmou na quarta-feira (17/05) a detecção dos primeiros casos de gripe aviária no Brasil, após exames realizados em três aves migratórias costeiras, sendo duas da espécie Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando) e uma Sula leucogaster (atobá-pardo).

Os trinta-réis-de-bando foram encontrados debilitados nos municípios de Marataízes e de Vitória no início do mês e encaminhados ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), em Cariacica, onde veterinários suspeitaram da possível infecção pela gripe aviária por causa dos sintomas neurológicos apresentados pelas aves.

O atobá-bardo que já estava no IPRAM acabou sendo infectado pelos trinta-réis e por motivo de precaução, outros 23 pássaros que tiveram contato com as demais foram sacrificados. Esse é um procedimento padrão no mundo todo porque a gripe aviária é altamente contagiosa.

A doença é causada pelo vírus da gripe HPAIV (atualmente o que mais circula é a cepa H5N1). Poucos dias após a contaminação, os sintomas já ficam visíveis, como paralisia e inchaço de partes do corpo, e vários órgãos param de funcionar. A taxa de mortalidade chega a 90%.

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As aves migratórias, principalmente as aquáticas, como patos e gansos, são apontadas como as principais responsáveis pela transmissão.

Desde 2022, países da Europa e dos Estados Unidos registraram um recorde no número de casos. Produtores de aves precisaram sacrificar milhões delas em fazendas onde algum indivíduo testou positivo. A crise atual já é considerada a maior pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

No Brasil, até então, não havia sido diagnosticado nenhum caso de gripe aviária.

Todavia, o governo do Espírito Santo ressalta que a confirmação de casos de influenza aviária em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre da doença e que “não há risco ao consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida pelo consumo”.

Ontem o Ministério da Saúde emitiu uma nota informando sobre a notificação de um possível caso suspeito, em humano, da gripe aviária.

“Trata-se de um homem de 61 anos, funcionário de um parque onde foi encontrada uma ave com resultado positivo para a doença. O paciente apresenta sintomas gripais leves e, conforme protocolo de vigilância sanitária, está em isolamento e monitorado por equipes de saúde do município”, diz o comunicado.

Ainda segundo o texto, a amostra do paciente suspeito e de outras 32 pessoas que também trabalham no parque estão em análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Espírito Santo. Após a análise, as amostras também serão enviadas para a Fiocruz, que é o laboratório de referência para o estado.

Gripe aviária: recomendações à população

– Não toque ou recolha aves suspeitas, doentes ou mortas;

– Se notar uma ave com sintomas como tremor, andar cambaleante ou dificuldade respiratória, comunique às autoridades ambientais de sua cidade.

Orientações a produtores

  1. Intensificar as medidas de biosseguridade
  2. Proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção
  3. Conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão
  4. Manter o portão de o da propriedade fechado
  5. Desinfecção de veículos em pleno funcionamento
  6. Desinfecção de materiais que em a granja
  7. Uso de roupas e calçados exclusivos no o à granja
  8. Pedilúvio no o aos núcleos e aos galpões
  9. Realização de vazio sanitário
  10. Cuidados com a ração
  11. Cuidados com a água (fonte de qualidade, tratamento, reservatórios íntegros e cobertos)
  12. Controle de pragas
  13. Treinamento de equipe
  14. Restringir criação de aves pelos funcionários
  15. Evitar visitas em locais com aves silvestres
  16. Ausência de outras aves na propriedade
  17. Se participou de evento relacionado ao setor, cumprir vazio sanitário de 72 horas
  18. Se participou de outro tipo troca de roupas e cumprir os protocolos de biosseguridade
  19. Entre outras ações, reforçando todas as medidas adotadas, conforme aInstrução Normativa do MAPA nº 56/2007.

*Com informações adicionais do portal de notícias G1

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Foto de abertura: Cláudio Dias Timm from Rio Grande do Sul, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

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