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Marcha Global para Gaza: milhares de ativistas rumam por terra para desafiar o cerco de Israel e pressionar líderes mundiais

Marcha Global para Gaza: milhares de ativistas rumam por terra para desafiar o cerco de Israel e pressionar líderes mundiais

Enquanto, na semana ada, ativistas da Flotilha da Liberdade seguiam viagem no veleiro Madleen pelo Mediterrâneo em direção à Faixa de Gaza para desafiar o cerco de Israel à ajuda humanitária (entre eles, o brasileiro Thiago Ávila e Greta Thunberg), organizações sociais e ativistas de dezenas de países (europeus, norte-americanos e sul-americanos – entre estes, cinco brasileiros (três mulheres e dois homens) -, além de árabes e asiáticos) se articulavam para realizar a Marcha Global para Gaza (Global March to Gaza), do Cairo à Rafah.

O objetivo é chamar a atenção internacional para o genocídio perpetrado por Israel em Gaza e pressionar os líderes mundiais a acabar com essa barbárie no enclave palestino.

É uma manifestação contra o cerco de mais de três meses de Israel contra Gaza, que impõe a fome a uma população de mais de 2 milhões de palestinos. Segundo a ONU, cerca de 3 mil caminhões com ajuda humanitária se acumulam na fronteira com o Egito, fechada há mais de um ano.

Como explica em seu site, este é um movimento cívico, apolítico e independente. “Não representamos nenhum partido político, ideologia ou religião. Representamos o povo, em toda a sua diversidade e humanismo“.

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Marcha Global para Gaza: milhares de ativistas rumam por terra para desafiar o cerco de Israel e pressionar líderes mundiais

Cairo e Al-Arish podem interromper a marcha

Para tanto, em 12 de junho, o movimento deve reunir cerca de 4 mil cidadãos (inscritos no site) oriundos de 54 países no Cairo, capital do Egito, onde certamente enfrentarão as primeiras dificuldades da jornada. 

Agência EFE contou que uma fonte da segurança do Egito confirmou que as autoridades não concederão vistos aos ativistas que chegarem por terra ou de avião ao Cairo, nem que sigam rumo a Rafah.

Caso este impedimento seja resolvido, antes de chegar ao destino os ativistas seguirão de ônibus até Al-Arish (a 344 km da capital egípcia). Localizada na Península do Sinai, é uma zona militarizada que também pode atrapalhar sua agem.

De Al-Arish, os participantes marcharão a pé por três dias até chegar, em 15 de junho, à fronteira do Egito com Gaza (que permanece fechada há mais de um ano), próximo de Rafah.

Comboio Soumoud

A Marcha Global para Gaza começou com uma outra ação pró-palestina, a Caravana ou Comboio Soumoud, que significa resistência em árabe, e partiu de Túnis, capital da Tunísia, a fim de encontrar os demais ativistas no Cairo. Juntos, farão, a travessia de 50 km a pé de Al-Arish à Rafah, no sul de Gaza.

O comboio é formado por cerca de 300 veículos, entre ônibus e carros, e reúne cerca de sete mil ativistas tunisianos, argelinos, líbios, marroquinos e de outros países africanos. Chegou hoje (11) à Trípoli, na Líbia.

Seu intuito é desafiar o cerco imposto por Israel, atravessar a agem de Rafah – que permanece praticamente fechada, há meses, para ajuda internacional – e entregar suprimentos médicos, alimentos e outros itens essenciais.

Justiça para o povo palestino

marcha internacional de solidariedade aos palestinos é iniciativa global que visa romper o cerco imposto pelo governo de Israel no enclave e exigir o fim do genocídio que já deixou mais de 54 mil mortos* desde seu início, em 7 de outubro de 2023.

Segundo a Agência Brasil, a Adriana Machado, membro do Partido da Causa Operária (PCO), está em Paris e seguirá de avião para o Cairo para encontrar os ativistas.

“Essa Marcha é resultado de uma organização mundial que quer lutar contra o imperialismo e o sionismo (movimento que deu origem ao Estado de Israel), que cometem esse genocídio e têm o apoio da imprensa capitalista que não mostra o que realmente está acontecendo”, protesta Adriana. “A gente acorda todo dia com imagens de crianças sendo mortas em Gaza e não podemos ficar em silêncio!”, arremata.

A organização não governamental Vozes Judaicas Pela Paz (Jewish Voice for Peace), dos EUA, crítica feroz do genocídio em Gaza, também convocou apoiadores a se juntarem à Marcha Global para Gaza.

“A situação em Gaza é inável e governos e organismos internacionais falharam em intervir para fazer justiça ao povo palestino. Portanto, precisamos fazer isso nós mesmos. Uma congregação internacional se reunirá em 15 de junho no Egito e seguirá em direção à fronteira com Rafah”, declara a ONG em nota.

A seguir, ouça Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino, que participa da Marcha Global para Gaza. Ele gravou este vídeo no aeroporto de Guarulhos, pouco antes de embarcar para o Cairo.

 
 
 
 
 
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Segundo análise publicada na revista científica Lancet, em fevereiro deste ano, foram registradas 64.260 mortes devido a lesões traumáticas (no período de 7/10/2023 a 30/6/2024), sugerindo que o Ministério da Saúde da Palestina subnotificou a mortalidade em 41%.

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Com informações da Marcha Global para Gaza, AlJazeera, Agência Brasil

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