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Ministério da Justiça assina demarcação de três terras indígenas na Amazônia, nos estados do Pará e do Mato Grosso

Ministério da Justiça assina demarcação de três terras indígenas na Amazônia, nos estados do Pará e do Mato Grosso

Ontem, no Dia da Amazônia (5/9), três povos indígenas que vivem no bioma foram agraciados com a de portarias declaratórias que estabelecem limites territoriais e validam a demarcação de suas terras: Apiaká do Pontal e Isolados, no Mato Grosso, e Maró e Cobra Grande, no Pará.

Assim, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública interrompe um ciclo de seis anos sem demarcações de terras – a última ocorreu no governo Michel Temer, em 2018 -, beneficiando cerca de 1.217 indígenas. 

As três Terras Indígenas (TIs) abrigam os povos Borari, Arapium, Jaraqui, Tapajó, Apiaká e Munduruku, além de povos isolados. Seu processo de demarcação foi iniciado há cerca de 15 anos, sem conclusão. 

No Mato Grosso, a TI Apiaká do Pontal e Isolados abriga cerca de 234 pessoas (dados do MJSP de 2013) dos povos Apiaká, Munduruky e isolados. TI Maró, no Pará, reúne 400 pessoas (dados de 2024) dos povos Borari e Arapium. E a TI Cobra Grande, também no Pará, tem população de 583 pessoas (dados de 2008) dos povos Arapium, Jaraqui e Tapajó.

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A das portarias por Ricardo Lewandowski é a primeira fase do processo de demarcação desses territórios, que ainda depende da sanção do presidente Lulapor meio de decreto, ele decide a concessão definitiva da titularidade das terras indígenas às comunidades – e, em seguida, do registro em cartório.

A partir de então, será possível identificar oficialmente a presença de invasores e iniciar sua desintrusão (expulsão). 

Para a secretária de o à Justiça, Sheila de Carvalho, a das portarias representa um avanço no cumprimento do dever constitucional do MJSP de demarcar terras indígenas. “Sabemos a importância da demarcação de terras para a proteção do meio ambiente e fazer isso, nesta data, não poderia ser mais simbólico. É um momento muito emocionante para todos”.   

Em nota divulgada pelo site do Ministério, Lewandowski destaca: “Temos a convicção de que ainda há muito a se avançar nas garantias dos povos indígenas, mas estamos dando três os importantes na direção da proteção dessas comunidades tradicionais. É um ato definitivo. Não há mais nenhuma controvérsia jurídica sobre essa questão”.

Além de Lewandowski, estiveram presentes Eloy Terena, secretário executivo dos Povos Indígenas, Sheila de Carvalho, da Secretaria Nacional de o à Justiça, e lideranças indígenas de diversas partes do país. 

5 terras ainda aguardam sanção

Vale destacar que há outras cinco terras indígenas – localizadas na região da Amazônia Legal – que ainda não foram declaradas. São elas:
Jauary do povo Muru (Autazes/AM),
Menkü do povo Menky Manoki (Brasnorte/MT),
Paukalirajausu do povo Nambikwara ou Nhambiquara (Nova Lacerda/MT),
Sawré Muybu do povo Munduruku (Itaituba/PA) e
Kanela Memortumré do povo homônimo (Barra do Corda/MA).

Estes processos já deveriam ter sido encaminhados para sanção presidencial, pois, de acordo com a lei, após o recebimento dos documentos oficiais, o MJSP tem 30 dias para publicar a portaria.

Leia também:
Lula assina demarcação de seis terras indígenas no encerramento do Acampamento Terra Livre, em Brasília
Lula assina demarcação de duas terras indígenas e ampliação de áreas de proteção ambiental na Amazônia

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Com informações da Agência Brasil, InfoAmazônia, G1 e Valor Econômico

Foto (destaque): Robson Alves / MJSP

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