
Em 2023, o número de visitas aos Parques Nacionais do Brasil já havia registrado recorde, com mais de 11,8 milhões: um aumento de 11% em relação a 2022 e de 21% na comparação com 2019. No ano ado, novos recordes de monitoramento da visitação em Unidades de Conservação (UCs) federais foram alcançados, indicando que os parques nacionais continuam sendo os destinos preferidos do público: 12,5 milhões de brasileiros e turistas usufruíram de suas belezas e atrativos, em especial nos parques urbanos.
Os 10 parques mais visitados
O líder deste ranking continua sendo o Parque Nacional da Tijuca (PNT), situado no coração da cidade do Rio de Janeiro, com mais de 4,6 milhões de visitas. Em 2023, registrou 3.542.778 de visitantes e, em 2022, chegou a 4.464.257.

Foto: Leonardo Milano / ICMBio / divulgação
Dividido em três áreas de visitação – Floresta, Serra da Carioca e Pedra Bonita/Pedra da Gávea – o PNT tem opções de programas para todos os públicos: áreas para piquenique e churrasco, voo livre, escalada, rapel, ciclismo, trilhas e outras atividades.

Foto: Ecotrip / divulgação

Foto: ICMBio / divulgação
Entre os famosos cartões postais do país, integram o parque mais visitado do Brasil: o Morro do Corcovado – onde está localizada a estátua do Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno -, a Vista Chinesa, a Pedra da Gávea (foto acima), o Parque Lage e as Paineiras, na Estrada do Redentor, onde o visitante encontra fontes de água mineral e duchas naturais que são verdadeiros “chuveirões” de água doce vindos do topo da serra, além de vários mirantes com vistas excepcionais da zona sul do Rio de Janeiro, incluindo a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias de Copacabana, Ipanema, Leblon e o Monumento Natural das Ilhas Cagarras.

Em segundo lugar está o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, com mais de 2 milhões de visitas, seguido pelo Parque Nacional de Jericoacoara (3º), no Ceará, com mais de 1,5 milhão de visitas, pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina (4º), em São Paulo, com 717.514, e pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (5º), em Pernambuco, com 673.215.

Foto: Nilton Rolin / Parque Nacional do Iguaçu / divulgação

Foto: Priscila Forone / ICMBio / divulgação

Foto: Marcelo Motta / ICMBio / divulgação

Foto: Zé Paulo Gasparotto / Unsplash

Foto: Tiago Para / ICMBio / divulgação

Foto: Bruno Nepomuceno / ICMBio / divulgação

Foto: Gabriel Vallim / Wikimedia Commons

Foto: Rômulo Campos / ICMBio / divulgação

Foto: José Paulo Gasparotto / Unsplash
Outro destaque importante do ranking é a retomada da visitação no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no RJ, que voltou à lista em 10º lugar, com mais de 200 mil visitas, número próximo do observado antes da pandemia de covid-19.
Clique no mapa abaixo para ver mais informações sobre os parques nacionais e sua localização:
Monitoramento da visitação nas UCs
Além dos parques nacionais, o monitoramento realizado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) – inclui 161 UCs como:
– Áreas de Proteção Ambiental (APA),
– Reservas Extrativistas (Resex),
– Reservas Biológicas (Rebio),
– Florestas Nacionais (Flona) e
– Monumentos Naturais (Mona), entre outras categorias de manejo previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
Considerando as categorias monitoradas em todas as regiões do país, em 2024 a visitação ultraou 25,5 milhões, o que representa aumento real de 4,9% em relação a 2023, refletindo a tendência de crescimento da visitação nas unidades de conservação.
O monitoramento do ICMBio abrange 47,3% do total de 340 UCs existentes em território nacional.
As 10 UCs mais visitadas
Entre todas as categorias de unidades de conservação no país, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, reafirma, este ano, sua posição como a UC mais visitada, com 8.697.175; em 2023, foram 8.126.178 visitantes ou 570.997 a mais.
Localizada no litoral sul de Santa Catarina, a APA protege importante área marinha costeira e é um dos principais refúgios da Baleia-Franca-Austral (Eubalaena australis).
Neste ranking, também se destacam a APA de Fernando de Noronha (6º), em Pernambuco, a APA da Região Serrana de Petrópolis (8º) e a Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (9º), ambas no Rio de Janeiro.

Foto: ICMBio / divulgação

O que atrai brasileiros e turistas às UCs?
Lazer, recreação e ecoturismo são algumas das principais motivações que levam brasileiros e turistas a visitarem as unidades de conservação do Brasil. Não é pra menos! Suas paisagens extraordinárias e diferentes atrativos como trilhas, cachoeiras, cavernas, praias e rios, como também monumentos naturais, históricos e culturais, além do contato com a vegetação, o canto dos pássaros e a observação de paisagens e animais, encantam.
De acordo com dados da Embratur, 19% dos visitantes declaram que sua principal motivação é a oportunidade de conhecer a natureza e a biodiversidade do país. Mais: por serem mais do que espaços de lazer, as UCs se fortalecem também como espaços educadores para o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental.
O contato com a natureza, seja qual for o tipo de UC escolhida, propicia a redução do estresse e aumenta a predisposição para caminhadas e a prática de exercícios – contribuindo para a saúde física e mental dos visitantes, aumenta sua sensação de prazer.
Estratégias de inclusão
Para Mauro Pires, presidente do ICMBio, a pandemia evidenciou o quanto o contato direto com a natureza é fundamental para o bem-estar e a saúde física e mental das pessoas. Ajudou a criar essa consciência nos brasileiros.
“Cabe aos órgãos gestores das unidades de conservação, como é o caso do ICMBio, estabelecer os meios para que a visitação seja a melhor possível”, destaca.
“Por outro lado, é importante que a população se aproprie cada vez mais destas áreas, participando dos esforços para sua preservação e atuando junto às autoridades, em todas as esferas, para que existam investimentos que ampliem e aprimorem as unidades de conservação, sobretudo na parte de infraestrutura de visitação e proteção”, avalia Pires.
O especialista reitera a importância do monitoramento da visitação nas unidades de conservação, para que os diagnósticos sejam mais próximos da realidade e fortaleçam as estratégias de inclusão de todos os segmentos da sociedade, como, por exemplo, no quesito da ibilidade e melhoria dos equipamentos.
Caso você queira saber mais sobre a visitação nas UCs brasileiras, veja as estatísticas no de gestão da Coordenação de Estruturação e Qualificação da Visitação do Ministério do Meio Ambiente e do Clima. Os dados são atualizados periodicamente; a última atualização foi realizada em 28/4/2025.
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Foto (divulgação): ICMBio / divulgação